Régua - Bigorne pela EN2 (26-03-2016) - Bike105

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Régua - Bigorne pela EN2 (26-03-2016)

Passeios
 

A ideia era aproveitar o facto de me encontrar de fim-de-semana nesta zona e realizar o trajecto da Estrada Nacional 2 entre o Peso da Régua e Bigorne, mas eu decidi transformar isto numa aventura difícil de concretizar!

• Desde Janeiro 2016 andei 226 km de bicicleta, 53 km em Março…
• Percurso com uma extensão de aproximadamente 30 km;
• 3 kms percorridos em estrada de paralelo e 200 mt com um ascendente de 12% de inclinação;
• Condições meteorológicas adversas com vento e chuva;
• Parte do percurso realizado com vento de frente;
• O vidro da caixa protectora da câmara de filmar ficou com uma gota que limita a visualização da imagem;
• Falha de bateria da câmara de filmar nos últimos kms.

Na realidade isto não decorreu lá muito bem.


As previsões meteorológicas não eram favoráveis, mas isso não me impediu de estar na cidade da Régua pelas 08:45H e dar inicio a este desafio. Efectivamente a temperatura estava muito boa, diria mesmo que estava ideal para a pratica de desporto, incluindo a ausência de vento.

Assim, iniciei as pedaladas na avenida junto ao Rio Douro. Rapidamente foi percorrida esta avenida até atravessar o Rio Douro na Ponte Pedonal que está de facto muito bem aproveitada e permite uma visualização da zona ribeirinha da Régua que ainda eleva mais a beleza paisagística do Douro.

Após terminar a passagem da Ponte Pedonal e percorridos uma centena de metros, inicia-se a subida que nos vai permitindo serpentear a montanha durante aproximadamente 12 km até chegarmos a Lamego. Já na parte final tive a visita da chuva mas nada de muito significativo. Até aqui o vento praticamente não se fez sentir.

Algumas centenas de metros após iniciar a subida na saída de Lamego, situa-se o cruzamento de acesso ao Santuário da Nossa Senhora dos Remédios. Quando aqui cheguei fiquei indeciso sobre se deveria ou não “escalar a calçada” até ao Santuário. A minha duvida era gerada pela convicção de que esta opção me daria um desgaste adicional que se iria reflectir na parte final do percurso em Bigorne. Todavia, atendendo a que tinha decidido dedicar o meu esforço a dois amigos, então isso tinha que prevalecer sobre qualquer consequência que dai pudesse advir.

O inicio da subida para o Santuário até nem tem muito grau de dificuldade pese o facto de ser na sua totalidade composto por calçada. No entanto, o índice de dificuldade vai aumentado na parte final deste curto percurso, e nos últimos 200 metros inclusivamente o índice de inclinação é de aproximadamente 12%. Fiquei satisfeito de ter optado por subir à Sra dos Remédios, caso não o tivesse feito, estaria arrependido!
Depois da paragem obrigatória no Santuário Sra. dos Remédios, voltei a descer para retomar o trajecto no mesmo local da Estrada N2.

Prosseguindo, passei pelo local onde são as instalações das Caves Raposeira até que finalmente terminei a parte com maior desnível de subida, daqui para a frente os desníveis seriam menores.

“Até ao lavar dos cestos é vindima” é um ditado popular que neste dia se aplicou na sua plenitude, pois em contraponto a este aparente suavizar de dificuldades, o vento veio transformar as facilidades em dificuldades já que por diversas vezes fui confrontado com vento forte de frente, algo que manifestamente me desagrada, para além de significar um esforço suplementar inesperado. Como uma dificuldade nunca vem só, o vento veio acompanhado da chuva e isso significou uma descida acentuada da temperatura do corpo.

Junto à Ponte de Reconcos fiz um descanso no abrigo da paragem dos transportes públicos, faltavam poucos quilómetros para o final mas as forças já vinham debilitadas. Não me tinha apercebido que a bateria da câmara de filmar já tinha atingido o seu mínimo e por isso desligava-se segundos após ligar este aparelho. Até me aperceber disso, por algumas vezes iniciei o meu relato para a câmara, mas ela consecutivamente desligava-se. O cansaço por vezes retira algum discernimento…

Finalmente cheguei a Bigorne, cumpri os meus objectivos mas confesso que o nível de cansaço era forte, para além disso o aborrecimento pelo facto de não conseguir fazer o “discurso final” ainda mais desmotivou. Por incrível que possa parecer, até o vídeo que fiz com o telemóvel ficou sem som. Este não foi um dia de convergência entre mim e a tecnologia, definitivamente!

Se este esforço valeu de alguma forma para contribuir para as melhoras quer do Mariano Villa quer do Dr. Mário Fernandes, fico genuinamente feliz! Um Forte Abraço para vocês.

Boas pedaladas
 
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