Nas sendas Romanas (11-02-2016) - Bike105

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Nas sendas Romanas (11-02-2016)

Passeios
MARVÃO - Ciclonatur

A única vez que tinha estado em Marvão de bicicleta, foi na chegada de uma etapa da Travessia de Portugal em Btt. Nessa altura conclui a etapa num estado de “empeno agudo”. Mesmo assim, ensei em futuramente voltar para poder desfrutar dos múltiplos trilhos ai existentes.

Cada vez mais o tempo dedicado à família vai sendo reduzido, desta forma aproveitei o facto da Ciclonatur organizar um passeio Btt nesta região em conjunto com um passeio pedestre, para que a minha esposa participasse. Um fim-de-semana de aventura.

Na sexta-feira ao chegar a Marvão reencontrei alguns companheiros com quem realizei a Travessia. A novidade, é que os casais mais jovens já trabalharam para a manutenção da natalidade a bons níveis. Como o tempo é rápido na sua caminhada…

No sábado depois das habituais preparações de última hora, o grupo do nível 2 partiu à aventura. Logo nos primeiros quilómetros realizamos uma descida em estradas medievais que, fruto das folhas que cobriam totalmente o piso, provocou-me alguns calafrios com a roda traseira a levantar diversas vezes a uma altura proibitiva… Valeu a excelente suspensão que vem a equipar a nova bike. De salientar que neste grupo estava integrado um participante cuja bike nem suspensão à frente possuía e que nem por isso deixou de ultrapassar o difícil terreno…!

Numa altura em que a adrenalina ainda estava alta, fomos confrontados com o trilho barrado por castanheiros que tinham, seguramente, sido cortados no dia anterior. Hora de se inverter os papéis e agora era o homem a carregar a bike. O contraste entre a pedra e as folhas que cobriam o chão, era magnífico.

Depois da fase inicial muito técnica, pudemos “descansar” por alguns estradões que foram percorridos a um ritmo elevado. Nesta fase observamos Castelo de Vide já bem próximo, assim como Marvão lá bem no alto. Este era um indicador das dificuldades que ainda nos esperavam. Um acontecimento marcava o passeio nesta altura, pelo menos para mim. Numa tentativa de subir uma pedra, a coisa não resultou e… chão! Pois é, uma queda, coisa que já a algum tempo não acontecia…

Depois de mais alguns quilómetros percorridos em asfalto, todos se deliciaram com um single trek que nos conduziu até um pequeno rio onde efectuamos mais uma breve paragem. De seguida foi necessário, pelo menos no meu caso, empurrar a bike através de uma verdadeira parede de pedra, assim era o trilho a vencer.

Como seria de esperar, mais trilhos de pedra ladeados de muros do mesmo material e como que por magia, estou de novo no chão… Pois é, outra queda. Já fazia algum tempo que não caía de bike – raios, isso foi a alguns miseráveis minutos atrás… Não ter caído nos primeiros quilómetros já tinha sido uma sorte, tinha que pagar agora. É justo! Ainda mais não tendo quaisquer consequências.

Levantar, sacudir a terra e iniciar a pedalada. Ritual que se repete depois dum trambolhão, aqui não foi diferente. Duas dezenas de metros mais à frente, de novo no chão ($%&«#). Bolas que agora já é demais! Então tenho assim tantas quedas a pagar? Não fazem isso em leasing com prazo a perder de vista? Já não repeti o ritual da limpeza, estava demasiado irritado para essas tretas. Levantar e iniciar a pedalada rapidamente!! Quem sabe se volto a ir ao tapete de novo…! Felizmente em alguns minutos alcançamos o local do lanche na localidade de Cabeçudos. Valeu o terreno não ser técnico assim pude parar com esta sequencia completamente anormal de quedas. Bolas!!!

Como é já habitual a qualidade destes lanches servidos pela Ciclonatur é a toda a prova.

Depois foi o arranque para a parte final do passeio. Já é de imaginar o que nos esperava: pedras, mais pedras, mais calçada e… subir subir subir. Não há lanche que resista à subida que vai de Abegoa até Marvão. Na sua parte final, o desnível a vencer é de facto violento, mesmo para quem vai a pé. Bom, violento é alguém fazer este trajecto com uma single speed . O António Malvar, o habitual guia do nível 3, realizou todo o percurso com este tipo de bike.

Chegada a Marvão, desta vez sem empeno. Mais um bom passeio de bike que me permitiu conhecer mais um pouco deste Portugal ainda por descobrir.

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